Polícia Federal Indicia Pablo Marçal por Laudo Falso contra Guilherme Boulos

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O empresário e influenciador Pablo Marçal, que concorreu pelo PRTB à prefeitura de São Paulo em 2024, foi indiciado pela Polícia Federal nesta sexta-feira (8) pelo uso de documento falso durante a campanha. Marçal prestou depoimento na Superintendência Regional da PF em São Paulo, onde foi ouvido por cerca de três horas. Segundo ele, o documento, que associava o deputado Guilherme Boulos ao consumo de drogas, foi divulgado sem o seu conhecimento direto pela equipe de redes sociais de sua campanha.

Pablo Marçal durante debate do SBT — Foto: Divulgação/SBT

A polêmica começou dias antes do primeiro turno, realizado em 6 de outubro, quando a campanha de Marçal divulgou um laudo médico falso que apontava Boulos como usuário de drogas. Após rápida investigação, a PF determinou que o laudo era fraudulento: a assinatura do médico responsável, José Roberto de Souza, era falsa, e o profissional havia falecido em 2022.

Falsidade Confirmada

A perícia da PF concluiu que o documento apresentava assinaturas dissimilares, comprovando que o laudo não poderia ter sido emitido por Souza. Além disso, o documento falso não continha elementos de segurança, sendo apresentado apenas em formato digital, o que dificultou a comprovação de sua autenticidade.

Envolvimento da Clínica

Luiz Teixeira da Silva Júnior, sócio da Clínica Mais Consulta, que aparece no laudo falso, também nega envolvimento. Em nota, ele afirma que seu nome e o da clínica foram utilizados de forma indevida. Luiz, que já possui antecedentes por falsificação, foi fotografado ao lado de Pablo Marçal em outras ocasiões, mas o Hospital Albert Einstein esclareceu que ele nunca atuou em suas instalações, apesar de usar um jaleco com o logotipo da instituição.

Consequências da Divulgação

Após a publicação do laudo falso, a Justiça Eleitoral ordenou a retirada imediata do conteúdo das redes de Marçal, resultando na suspensão temporária de suas contas. A equipe de Boulos também solicitou a prisão de Marçal e a cassação de sua candidatura, mas o pedido não foi atendido. No primeiro turno, Marçal terminou em terceiro lugar, com 28,14% dos votos, atrás de Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL).

A investigação sobre o laudo falso ainda levanta questões sobre a autenticidade e o impacto de informações compartilhadas nas redes sociais durante campanhas eleitorais. O indiciamento de Marçal ressalta a necessidade de uma campanha limpa e transparente, um ponto de reflexão importante em um cenário onde informações falsas podem interferir diretamente na democracia.

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